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Cure-se das crises Familiares


A família como estrutura é imprescindível para todos nós! Aquele que não tem família ou não se integra a nenhum sistema familiar, apenas sobrevive!

Acredita, por vezes, que está bem. Mas na realidade lhe falta muito de firmeza no “contrapiso” de seu psiquismo!

Sem a experiência familiar e mesmo sem seus reveses, nos falta o teste da convivência que nos aprimora, dando-nos a oportunidade do desenvolvimento de sentimentos como a tolerância, paciência e mansuetude! Verdadeiros precursores de virtudes como o perdão e a caridade, tão necessários para a nossa evolução.

Sem a experiência familiar, o indivíduo acaba por desenvolver uma fragilidade em sua estrutura personal tão grande, que passa a viver em polos de atuação psicossocial.

Cria contextos de isolamento e indiferença, seguido de uma tendência à descrença em tudo que é bom e compartilhado! Vive em extremos, com forte tendência às fugas emocionais, como os vícios, processos depressivos, de forte ansiedade fóbica e às psicopatias, em suas mais diversas apresentações.

Quando desenvolve sua própria família, leva consigo toda essa desestrutura e não tem recursos emocionais para lidar com os sentimentos mais básicos que a vida nos faz passar, naturalmente.

Não sabe lidar de forma madura com os processos de decepção e perdas. Desenvolve reações emocionais exageradas quando insatisfeito e não consegue reconhecer seu próprio estado emocional!

Portanto, viver em família, corresponde ao mais importante estágio de desenvolvimento psíquico emocional pelo qual precisamos passar. Como se estivéssemos em uma escola que nos testa o tempo todo!

É extremamente difícil, mas se entendemos seu significado, aprendemos a valorizar todos os testes, e resistimos fortemente a todas as tendências de desistência. E chegamos ao final desse estágio que leva uma vida inteira!

Esse olhar, quando desenvolvido e aprimorado na fase adulta de nossas vidas, nos ajuda a encarar a nós mesmos e nossas verdades mais íntimas. Passamos a reconhecer mais facilmente nossos limites, falhas e virtudes, e assim temos uma boa chance de vivermos mais em harmonia do que em desarmonia, refletida em desajustes e enfermidades.

Se quiseres realmente uma vida melhor, então este é um caminho que trilhado evita as incontáveis crises emocionais, tais como:

Crises de insegurança infantil, de descrença na família, revolta no lar, traumas familiares. Crises de personalidade frágil, suscetível aos vícios e crimes. Alcoolismo, drogas, violência, abuso sexual, de abandono. Crises de indiferença pela vida, crises de autocomiseração (pena de si mesmo), crises de despersonalização. Crises de automatismo, crises autodestrutivas (doenças autoimunes, cânceres).

As poesias que recomendo, como verdadeiros remédios, a fim de que possa mais facilmente trilhar o caminho da aceitação e da paz íntima, irão te estimular no propósito da sua verdadeira cura!

Família Ausente e Egoísmo

Termo milenar, matriz angular

Raiz do mundo,

Oco lugar, quando falta o lar!

Sentimento ausente,

Cria a revolta no descrente

De vida carente!

Marca de trauma

Não tem natureza

Sem família ou beleza!

Olha para cá...

Olha para lá...

Personalidade firme não há!

Que só de ver

Irmão sem rumo

Ao léu ao vento!

Duro movimento

De na vida passar,

Isolado e oprimido

Sem nem ao menos um jantar!

Numa mesa,

Um olhar amigo compartilhar!

Na noite fria, concreta e vazia

Com o nada falar!

Na escuridão a espreitar

E a identidade roubar!

Medo e insegurança

Nascentes da indiferença

Hecatombe na humana natureza!

Que no social

Parece tão natural!

Ele mereceu, enfraqueceu, enlouqueceu?

Nem sou eu!

E aí vem a questão,

O que é natural?

Nesse mundo abissal

De miasmas destrutivos!

Da hipocrisia a mentira

Da solidão, madrasta da ilusão!

Vendo o irmão doente

Sem pão, no chão dormente!

Passar e nada fazer,

Triste condição!

De elevar à máxima atenção,

O instinto de conservação!

Que exagerado e adulterado

Pelo dominador orgulho!

Na mente fraca,

Vivo em múltiplas cegueiras!

Criando capítulos inteiros

Na história familiar,

Do egoísmo secular!

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